quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ímprobo, dói.

Dói.
É dor de leite materno.
É dor de maternidade.
Não é só dor.
Dói mais que dor.
E isso eu exito dizer, não me parece justo.
Justo me parece aceitar. Não submissa, forte que sou.
É amor. Não é só amor.
Dói mais que amor.
Não é escolha. Apenas é.
Me escapa por entre os dedos.
É fisiológico.
É alma também? é.
Mas carne também é.
É sangue. É placenta.
São os nutrientes, que sem que sem minha concessão são doados num ato orgânico de amor.
É o maldito cordão umbilical.
É o elo.
Desse amor insano, queima vivo, doentio.
Qual não se escapa.
Qual não se escolhe.
Dói.
Insuportavelmente, dói.
Deliciosamente.

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