Os fãs de Legião Urbana que me perdoem, mas a experiência mais desesperadora que passei
Era uma vez um bar. Eu tranquila, tomando minha cerveja, sozinha e folheando um livro com certa preguiça. Feliz, feliz.
Até que uma escuridão plena tomou conta do bar, do bairro e da cidade.
Não me importei. Fechei o livro, acendi o cigarro e continuei tomando minha cerveja.
Mas eu não estava só.
Na mesa ao lado um grupo de jovens universitários falando sobre boa música, bons filmes, teatro e é claro, pegação. Pegação. No mais, é tudo pretexto para pegação promíscua.
Mas quando a escuridão tomou conta do bar, do bairro e da cidade, estava por vir algo muito pior. É o que acontece quando a iluminação fica sombria.
E naquela noite fria e obscura, na cidade interiorana de Assis, a tese foi comprovada.
E era bem pior que eu imaginava.
Os jovens começaram a cantar.
Legião urbana, claro. Tempo perdido.
Tempo perdido, claro.
Eu começei a rezar pra que a escuridão cessasse logo que começaram. Mas eles ainda tinha muito tempo até que isso acontecesse. Tinham todo tempo do mundo.
Todos os dias antes de dormir,
Lembro e esqueço como foi o dia. [coro]
E eu não via a hora da luz voltar, pra pagar minha conta e ir embora dormir e esquecer. Cantassem mais um pouco e eu saía sem pagar. Correndo. Apavorada, que estava.
E os gritos de selvagem ecoavam, eu naquele puta escuro. E quando as vogais se estendiam era de dar calafrios.
E selvagem, selvagem.
Malditos bêbados. Não respeitam ninguém. Depois que são espancados nas ruas, não sabem porque.
Utraviolence já!
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